segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Organização de Custos de Vendas e Custos de produção

pesquisa sucinta
1. INTRODUÇÃO
Atualmente as organizações, para manterem-se competitivas e fazer a diferença em seu ramo de atuação, estão cada vez mais se aperfeiçoando em gestão de custos. Uma boa gestão de custos em uma organização faz com que seus gestores tomem melhores decisões, vindo a ter maior controle de seus gastos e de onde pode investir e eliminar desperdícios, entre outras ações. Por se tratar de um campo amplo falaremos aqui um pouco de organização de custos de vendas e organização de custos de produção.  
2. ORÇAMENTO DE CUSTOS DE VENDA
Por se tratar de um fator que se relaciona de forma determinante com outros setores da empresa, o orçamento de custos vendas se afirma de forma significativa no planejamento financeiro de uma corporação. A formulação do orçamento de custos vendas deve ser fidedigna em relação às pretensões orçamentárias de uma organização, uma vez que se trata de uma etapa de grande importância, na medida em que definem as diretrizes do produto para o mercado, estimando o quantitativo necessário de vendas para a sobrevivência ou crescimento dos negócios da empresa. É determinante para a formulação de um orçamento de vendas exato que se conheça a nuances do mercado em que a empresa está inserida, como as tendências apresentadas por ele e a perspectiva de concorrência e de precificação do produto a ser vendido, bem como um especial cuidado quanto à equipe envolvida no processo. A análise exata do orçamento de custo de vendas dita o ritmo de todo o aparato empresarial que diz respeito ao produto vendido, desde o atendimento ao consumidor até a qualidade do produto, envolvendo também os setores de marketing e logística. Definir os custos a serem dispensados e os lucros a serem percebidos impactam diretamente nos serviços oferecidos por uma organização. O processo de formulação de um orçamento de vendas leva o produto ao qual se estuda a uma nova estruturação de mercado. Faz-se o planejamento acerca dos canais de produção que esse produto irá percorrer e avalia-se sua participação na organização mediante as vendas efetivadas, sejam elas em atacado ou varejo. Apesar da necessidade de formular um orçamento de vendas exato, sua criação depende do porte da empresa a que se destina. Ele pode ser formulado baseado na demanda dos clientes de uma organização, como nas vendas por encomenda, ou de acordo com um mercado específico onde o produto será vendido, como em grandes magazines. Também deve se levar em conta, além do tamanho da empresa, a área de atividade econômica em que a corporação está inserida, uma vez que de acordo com seu ramo de atividade, um produto produzido por ela certamente terá projeções de vendas variáveis, o que poderá alterar o preço que lhe seria atribuído. De acordo com as atividades realizadas pela empresa, podemos classificar os custos de vendas de três formas, a saber: Custo dos Produtos Vendidos (CPV); Custo das Mercadorias Vendidas (CMV); e Custos dos Serviços Vendidos (CSV).
2.1 CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS – CMV
A definição do custo das mercadorias vendidas se relaciona de forma direta com o estoque disponível de determinado produto pela empresa, já que ele compõe parte do patrimônio de uma empresa e todos os produtos que constam em estoque tem valor agregado e potencial de venda. O CMV considera a aquisição de produtos, bem como se relaciona com o processo de pós-venda, que pode retornar mercadorias para o estoque. O CMV é utilizado no calculo dos custos de vendas de empresas de comércio ou que apenas revendem mercadorias. Para as mercadorias vendidas, o custo será o próprio preço de compra do item que será revendido. O custo das mercadorias vendidas pode ser apurado através da equação:
CMV = EI + C - EF
Onde:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final (inventário final)
O cálculo leva em consideração que os produtos que permanecem parados no estoque de uma empresa são contabilizados como vendas não efetivadas e ocupam espaço no estoque, tendo grande impacto sobre a sua margem de lucro, uma vez que representam uma omissão de ganho.
2.2 CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS – CPV
É uma variável geralmente associada àquelas empresas que fabricam os produtos que vendem. Neste caso, o custo dos produtos está atrelado ao valor de matérias-primas, insumos e mão-de-obra aplicada na fabricação, bem como nos gastos despendidos no processo de fabricação.
Para calcular o CPV utiliza-se uma forma semelhante a do CMV:
CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF
Onde:
CPV = Custo dos Produtos Vendidos
EI = Estoque Inicial
In = Insumos
MO = Mão de Obra
GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, etc.)
EF = Estoque Final (inventário final)
2.3 CUSTOS DOS SERVIÇOS VENDIDOS (CSV)
Também pode ser chamado de Curso de Serviços Prestados (CSP) uma vez que está atrelado aos custos de serviços prestados. É empregado nas organizações onde não existem vendas de bens tangíveis, sendo um custeio característico de empresas prestadoras de serviços. O CSV é composto basicamente dos valores referentes aos custos ligados aos prestadores de serviço e dos gastos estruturais da empresa, tal qual energia, água ou aluguel, por exemplo, além dos gastos com manutenção das instalações, quando existem. Numa empresa de serviços, a fórmula para cálculo dos custos é a seguinte:
CSV = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi Onde:
CSV = Custo dos Serviços Vendidos
Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos
GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, subcontratações, etc.) aplicados nos serviços vendidos.
GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços vendidos.
Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento
3. ORÇAMENTO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO
Custos de produção são aqueles que estão ligados ao processo produtivo. Calcular os custos se revela como uma ferramenta que subsidia as decisões de uma empresa a curto prazo e analisar o quão sustentável essa empresa se mostra à longo prazo. Os estudos voltados ao tema costumam definir diversas classificações para o termo. O custo pode ser estimado antes do início do processo produtivo, nesse caso é chamado de a priori. Quando o custo é obtido durante a medida que o processo produtivo se desenvolve ele é chamado de a posteriori. Quando se faz análise quanto ao momento da produção do custo se busca identificar a rentabilidade dos sistemas estudados. O custo também pode ser fixo, quando independente da quantidade de produto produzida ele permanece inalterado, ou fixo, que varia de acordo com a produção. A soma do custo variável com o fixo retorna o custo total de produção. Podem ainda ser diretos, quando são facilmente discerníveis no produto final e claramente mensuráveis com indicadores adequados (custo de mão-de-obra por hora), e indiretos, não mensuráveis com facilidade e atribuídos de forma rateada aos produtos produzidos. Os custos ainda podem ser definidos em outras três categorias: explícitos e implícitos, que se relaciona com a saída ou não de recursos do caixa da empresa para cobrir determinado custo. Explícitos representam saída de verba do caixa, enquanto o implícito pode ser ilustrado como a depreciação de um bem, por exemplo; unitário, médio unitário e total, que dizem respeito à quantidade de produto produzida, atribuindo um custo específico à produção de uma unidade, da média de unidades ou de todas as unidades, respectivamente; ou custo de produção ou administrativo, àquele ligado ao processo de produção em si e este aos processos secundários à produção. Faz-se necessário determinar a capacidade de produção, adequação das instalações, determinação das escalas, disponibilidades de matérias-primas e mão-de-obra qualificada, orçamento da mão-de-obra direta, matérias-primas e despesas indiretas de fabricação, os custos projetados de produção e venda de produtos sob pena de derrocada do negócio a médio/longo prazo. Alguns sintomas dessa derrocada são a queda da margem de lucro e ineficiência de produção. O planejamento dos custos de produção pode auxiliar à retomada da saúde empresarial.
3.1 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
O § 1º do art. 13 do Decreto-Lei 1.598/77 (altera a legislação do imposto sobre a renda) dispõe que o custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente:
a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto neste artigo; b) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de produção; c) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção; d) os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção; e) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.
4. CONCLUSÃO
Portanto conclui-se que tanto o orçamento de custos de vendas como o orçamento de custos de produção, ditam o ritmo da empresa. Definir o preço ideal de venda, levando em conta todos os gastos envolvidos no processo produtivo, faz com que a empresa possa manter-se competitiva no mercado o qual está inserida. Percebe-se que é crucial a realização desses orçamentos de custos, ambos mantêm a saúde de uma empresa, aumentando a margem de lucro da organização e garante o alcance das metas e objetivos traçados com efetiva excelência nos processos.  
6. REFERÊNCIAS
1. Portal Ebah, Orçamento de Vendas. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAabUAI/orcamento-vendas. Acesso em 05 de junho de 2017.
2. Portal de Contabilidade, Apuração de Custos de Vendas. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/custovendas.htm. Acesso em 05 de junho de 2017.
3. Portal Treasy, Orçamento de Custos de Produção: como projetar as necessidades de Matéria-Prima, insumos de Mão-de-obra de sua empresa!. Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/como-projetar-os-custos-variaveis-e-as-necessidades-de-materia-prima-insumos-e-mao-de-obra-de-sua-empresa. Acesso em 05 de junho de 2017.
4. Blog Conta Azul, Custos de Produção. Disponível em: https://blog.contaazul.com/planilha-de-custos-de-producao/. Acesso em 05 de junho de 2017.
ANEXO 1
1. Qual a definição de orçamento de custo de produção?
R: Consiste em um planejamento para prever o quantitativo de gastos em determinado tempo de duração de um processo de produção e planejar os investimentos necessários a serem feitos para o processo produtivo.
2. Como o orçamento de produção pode ter bons resultados?
R: É necessário que a empresa mantenha o rígido controle dos gasto e estabeleça um orçamento que seja eficiente para arcar com os custos da produção dos itens a serem vendidos. Para a efetividade do orçamento de produção faz-se necessário que todos os colaboradores da empresa estejam engajados no processo.
3. Como o processo da produção se relaciona com as das vendas?
R: Faz-se necessário que a empresa pense em inovações em seu processo produtivo com fins a ter destaque no mercado do produto final, garantindo assim sucesso em suas vendas. O investimento na qualidade do produto produzido desde o início do processo produtivo garante a satisfação do consumidor final após as vendas.
4. De acordo com as atividades realizadas pela empresa, podemos classificar os custos de vendas de três formas, quais são?
R: Custo dos Produtos Vendidos (CPV); Custo das Mercadorias Vendidas (CMV); e Custos dos Serviços Vendidos (CSV).
5. Qual o beneficio de um Orçamento de Custo?
R: O orçamento de custo exato realizado ajuda na formulação de preço de venda do produto. Definir o preço ideal de venda, levando em conta todos os gastos envolvidos no processo produtivo, faz com que a empresa possa manter-se competitiva no mercado o qual está inserida.

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